Drones


O drone inaugura uma “guerra sem risco” (para quem mata), erradicando toda a reciprocidade na exposição à violência. Ele permite ver sem ser visto e, sobretudo, matar sem ser morto. Daí, uma nova condição do “heroísmo” guerreiro formulado por Chamayou: se o heroísmo consistia outrora em morrer pela pátria, o que se exige agora é que se mate por ela.

[em contraponto, Kant:]


“Todos os meios são permitidos a um Estado contra o qual se faz a guerra, excepto aqueles cujo uso subtrai aos sujeitos a capacidade de serem cidadãos, nomeadamente os que transformam os seus cidadãos em assassinos”.

Grégoire Chamayou / Immanuel Kant
citados e comentados por António Guerreiro, A Guerra dos Drones, Acção Paralela, Ípsilon, Jornal Público