Imaginem que disporíamos um dia de uma energia quase limpa e quase infinita. Julgo que seria o pior cenário imaginável. Ganhemos um pouco de distância e raciocinemos para além dos nossos reflexos de engenheiros pavlovianos. O problema maior, insisto, tem que ver com o que fazemos da energia, não com a sua origem. Enquanto a destruição sistemática da vida, a devastação dos fundos marítimos e a erradicação das florestas forem o nosso horizonte (e imaginem que essas actividades são designadas como "crescimento" pelas pessoas sérias que se sentam neste Parlamento), continuaremos a transformar este planeta num dejecto inabitável.
Aurélien Barrau
Discurso no Parlamento Europeu