O Asra
Todos os dias ao anoitecer
A formosa filha do sultão
Passeava junto à fonte
Onde as brancas águas jorram
Todos os dias ao anoitecer
O jovem escravo esperava junto à fonte
Onde as brancas águas jorram
E todos os dias o seu rosto ficava mais pálido
Então uma noite a princesa aproximou-se dele
e do nada disse-lhe:
"Gostava de saber o teu nome, o teu país e a tua tribo."
O escravo respondeu:
"Chamo-me Maomé, venho do Iémen
e a minha tribo é a dos Asra,
os que morrem quando amam."
Heinrich Heine
(tradução citada do filme Céu em Chamas de Christian Petzold)